Páginas

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PIB deve chegar a R$ 65,7 bi


Clique para Ampliar

As atividades ligadas aos serviços, como o comércio, representam 70,2% do PIB do Ceará

8/2/2010

A cifra ainda é preliminar e norteia o planejamento do governo do Estado para o atual exercício

O Produto Interno Bruto (PIB) cearense deverá alcançar um valor próximo a R$ 65,74 bilhões este ano, com o PIB per capita na casa de R$ 7.898,00. As cifras, baseadas em dados preliminares, norteiam o planejamento do Governo do Estado para o atual exercício. Se confirmado, o novo valor do PIB estadual representará um crescimento em torno de 8% para a economia do Ceará em 2010, na comparação com o ano anterior, que deve fechar com o indicador estimado em R$ 60,79 bilhões, apreços de mercado.

Além da conjuntura macroeconômica favorável - com juros baixo, inflação sob controle e superação da crise mundial -, as eleições (presidenciais e de outros cargos majoritários) promete aquecer a economia nacional como um todo, sobretudo segmentos dos Serviços e da Indústria.

3ª economia do Nordeste

De acordo com dados elaborados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o Estado responde pela terceira economia da Região Nordeste e pela 12ª em relação ao Brasil. O PIB cearense, indicador que sintetiza a produção de bens e serviços, a preços de mercado, é da ordem de R$ 60,79 bilhões. Já a renda per capita - que é a divisão do PIB pelo número de habitantes cearenses - atinge R$ 7.385,00.

Âncora nos serviços

Em 2009, a economia local foi ancorada pelas atividades ligadas aos Serviços (70,2%) e à Indústria (23,6%), com menor participação da Agropecuária (6,2%). Embora ainda não tenha os números fechados, o Ipece projeta um incremento de 2,5% a 3% para o PIB no ano que passou. A estimativa é baseada nos resultados deste indicador até setembro, com alta de 2,8%. Em 12 meses, o incremento das riquezas geradas chega a 3,5%. De acordo com o Ipece, apesar de sofrer menos os impactos da crise financeira internacional, a economia cearense continua com necessidade de ser melhor acompanhada.

"A demanda interna continua sendo a principal fonte de crescimento, alavancada principalmente pelo aumento do investimento público e consumo", diz o texto do Ipece, contido na Mensagem do Executivo estadual encaminhada à Assembleia Legislativa estadual na terça-feira da última semana.

O Ipece ainda está revendo as taxa de crescimento da economia cearense para 2010, antes estimada em 3,5%. Entre as condições locais que devem puxar o PIB, o órgão cita os investimentos públicos e privados nas áreas de energia eólica, siderurgia, infraestrutura turística, reduções e isenções de alíquotas de ICMS para setores estratégicos, entre outras.

FOCO NA AGROINDÚSTRIA
Agricultura irrigada deve gerar R$ 1,09 bi

O atual governo busca desenvolver também as atividades vocacionais do Ceará, como a agricultura irrigada e o turismo. No primeiro caso, a projeção é de que o Estado alcance 85.901 hectares de área cultivada este ano - 8,7% a mais do que em 2006 -, gerando uma produção de 2,849 mil toneladas - um incremento de 22,8% sobre a gestão anterior. Os dados constam da mensagem do Executivo cearense, encaminhada ao deputados estaduais, na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa (AL).

A previsão é de que a agricultura irrigada gere R$ 1,096 bilhão em Valor Bruto da Produção (VBP) - 41,7% a mais do que em 2006, com 60.675 empregos diretos (12,9% de incremento em relação ao governo anterior). As exportações deste segmento são projetadas em US$ 151,8 milhões - 153,2% superior, na mesma base.

Os principais produtos do agronegócio cearense hoje são: castanha de caju, peles e couros, frutas, lagosta, cera de carnaúba, sucos de frutas, mel de abelhas, flores, camarões, LCC, pescado e hortaliças.

"Em três anos, o Estado ganhou três posições, figurando hoje como segundo maior exportador de frutas", comentou o governador Cid Gomes, ao entregar a mensagem na reabertura dos trabalhos na AL. Mas reconhece que é necessário ir além: "podemos expandir essa atuação tanto no plantio quanto na agroindústria, com a produção de sucos e extratos".

Já está em curso no Estado o projeto de "Avaliação técnica das culturas de clima temperado e tropical no Ceará". Trata-se de um piloto que prevê o cultivo experimental de maçã, pera, mangostão, cacau e oliveiras, em sete áreas distribuídas no território local, por meio de convênio entre a Adece, o Sebrae, a Univale e o BNB.

Com centenas de hectares de terras agricultáveis e alcançando o posto de 2º maior exportador de frutas do País, o Estado prospectou 24 empresas e instituições no segmento agroindustrial, ao longo de 2009.

O trabalho resultou na implantação de pelo menos três companhias: Koppert, Bioex e Maersk Line. (SC)

SAMIRA DE CASTRO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário