15/1/2010
No penúltimo mês do ano, o varejo do Estado obteve crescimento de 7,2%, inferior ao observado em outubro
Os incentivos fiscais dos governos Federal e Estadual, as facilidades de crédito e o aumento do poder de compra do trabalhador cearense estão se refletindo positivamente no volume de vendas do comércio estadual, que registrou alta de 9% nos onze primeiros meses de 2009, com relação a igual período do ano anterior.
Em novembro, o comércio teve crescimento de 7,2% ante o mesmo mês de 2008, mas o incremento não alcançou os ótimos resultados observados em outubro, de 14%, 6,8 pontos percentuais acima.
Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de novembro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o Ceará, que obteve o segundo melhor desempenho do País no mês anterior, caiu várias posições e ficou atrás de outros 18 estados da federação. Apesar da queda no volume de vendas com relação a outubro, os índices são otimistas. "Esse resultado se deve ao fato de o governo ter reduzido a alíquota do IPI. Esse crescimento já era esperado. A gente soube aproveitar todos esses benefícios para sair da crise", afirma Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Lojista de Fortaleza (Sindilojas).
Para o Sindilojas, mesmo sem o fechamento dos dados referentes a dezembro, o desempenho acumulado de 2009 deve se manter acima do registrado em 2008, encerrando entre 9,2% e 9,4%. Para 2010, Cid Alves crê que o Ceará possa ter "o melhor ano da história, desde que o governo consiga manter o abastecimento de mercadorias, trabalhe para que não haja capitalização em alguns setores e mantenha as taxas de juros em níveis semelhantes ou inferiores às praticadas atualmente".
Setores
Setorialmente, o melhor desempenho em novembro foi assinalado pelas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria; cuja alta foi de 17,7% com relação a igual mês de 2008. Em outubro, o setor também já havia registrado o melhor resultado (+45,3%). No penúltimo mês de 2009, setores como hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+11,4%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+10,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (+9,9%); móveis e eletrodomésticos (+9,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+4,7%); e tecidos vestuário e calçados (+1,2%) também obtiveram incremento em seus volumes de vendas. A exceção ficou por conta dos índices de combustíveis e lubrificantes, que caíram 1,2% se comparados a novembro de 2008.
Resultados nacionais
As vendas no comércio no País em novembro cresceram 1,1%, na comparação com outubro. Trata-se da sétima alta consecutiva na comparação mês a mês. Em relação a novembro de 2008, houve alta de 8,7%.
No acumulado de janeiro a novembro, o comércio tem crescimento médio de 5,5% em relação a igual período em 2008. Nos acumulado dos últimos 12 meses até novembro, as vendas cresceram 5,3%. A receita nominal de vendas no comércio teve expansão de 1,3% em novembro, na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2008, a receita do comércio aumentou 11%, com destaque para o setor de artigos farmacêuticos, medicamentos e de perfumaria (18,5%). As vendas no comércio varejista ampliado - que inclui ainda o desempenho das vendas de veículos e motos, partes e peças e material de construção apenas no varejo - registraram alta de 0,6% em novembro, frente a outubro. Na comparação com novembro de 2008 houve alta de 16,4%. As vendas de veículos e motos, partes e peças subiram 0,5% na comparação com outubro. Já as vendas de material de construção no varejo registraram alta de 2,7%, segundo resultado positivo consecutivo. Na comparação com outubro, cinco das oito atividades pesquisadas registraram crescimento, com destaque para móveis e eletrodomésticos (5,9%). Por outro lado, houve retração nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%).
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