Nos últimos sete anos, as compras dessa camada social disparou ante as classes A e B, aponta pesquisaNos últimos sete anos, a classe C quase duplicou sua participação no potencial de consumo no Estado, de acordo com a pesquisa do Índice de Potencial Consumo (IPC) Target Brasil em Foco.
Este ano, o consumo dessa camada social foi de 43,4% (o equivalente a R$ 21,8 bilhões), bem superior ao do ano passado, que foi de 36,4% (o mesmo que R$ 16,6 bilhões); e, praticamente, o dobro registrado em 2003, quando o índice foi de apenas 22,5%. É a 2ª vez, nesse período de tempo, que a classe C assume a 1ª posição no IPC Ceará; em 2005, com 33%, ela também já tinha superado as classes A e B em potencial de consumo no Estado.
Por outro lado, no caminho inverso a esse crescimento, o estudo da Target Marketing, empresa especializada em pesquisas mercadológicas e responsável pelo levantamento, apontou a maior queda na participação do consumo do padrão A, desde 2003 até hoje, no Ceará.
A casta mais rica registrou recuo expressivo no intervalo desses sete anos. O índice de 12,7% de 2009 só chegou próximo à metade do IPC calculado em 2003, que foi de 27,2%.Para o economista e diretor do Instituto Brasileiro de Executivos e Finanças no Ceará (Ibef - CE), Ênio Viana, o governo federal criou um nível de consumo básico que antes não existia. "Com o bolsa família, foi criado um poder de compra para parte da população que não dispunha disso antes. Além disso, há oito anos, o salário mínimo valia US$ 60, enquanto hoje, gira em torno dos US$ 300", analisa o economista.
Para Viana, a região Nordeste foi beneficiada porque tem uma população muito numerosa.Sobre a queda do IPC das classes mais altas, ele explica que desde o século XX, os mais ricos consomem bens, mas o problema se concentrava na capacidade de produção. Hoje, porém, a produção atende a demanda e as empresas estão a procura de diversificar o mix de consumidores. "A classe A tem demanda limitada. Ela não vai trocar determinados bens todo o ano. Para a economia girar, a melhor saída é a expansão da classe C. É ótimo para as empresas que ampliam as vendas e geram mais empregos, como também é excelente para as pessoas que compram mais", diz.
ILO SANTIAGO JR.
ESPECIAL PARA ECONOMIA
Tv Diario de Fortaleza
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